
Sou pequena perto deste desejo
que tu soltas pelas ventosas,
minha pequena cavalo-marinho de fogo.
Sou enorme pela febre
que consome meu desejo
Gasta, gasta; e não acaba
Os deuses testemunham
esse calor que brota dos nossos olhos
Transformamos um dia frio em verão
Pegamos fogo, somos incendiárias
Chegamos a ser piromaníacas
Labaredas de prazer
Escorre do ventre lavra de vulcão
que em erupção palpita
sobre nossos sexos
Aboliremos os bombeiros
e águas que caem do céu
Mas deixemos o pássaro cantar
Da minha ou da sua janela
Será testemunha
Ocular
E agora,
que o vento se encarregue
Conduzirá o nosso fogo
Que a brasa não se apague
E difícil agora
é dormir sem me queimar
2 comentários:
Os bons ventos continuam a soprar, alimentando o fogo...
Que assim seja....
Enviar um comentário