Ondas de tranqüilidade
espumas de sal e suor
que trabalho dá pensar
e ser o acontecimento
Tenho acontecido
produção de cotidianos
sou humana
não sou humanista
Vês, o laborioso ser?
Vês, no que me transformei?
Prender os pedaços do já
pra não torná-los ontem
E a vida escorre
sem dar chance aos fracos
nem os buracos
do entendimento
Espelho d'água
no vidro vazado
outros ecoam em mim
saídas de emergência
Compulsão,
até pela poesia
pulsação
até nos cadarços do sapato.
sexta-feira, julho 22, 2011
METRO DAS NOVE
Trem, limite do silêncio
trêmula, a mão executa
portas se abrem
ninguém sai.
Luzes brancas; éter
várias cores, várias caras
uns de pé, outros dançam
tempo por trilhos
Conversas, cabelos
bolsas, unhas feitas
mapas, imagens velozes
bolor nos corredores
Partida e ponto final
retorno para o início
de um lado ao outro
do outro para um lado
Olhares perdidos
ninguém vê nada
momentos vazios
mergulho em si
Perto da partida
corpo atento
ao badalo da voz
se vai, trocar de trem.
trêmula, a mão executa
portas se abrem
ninguém sai.
Luzes brancas; éter
várias cores, várias caras
uns de pé, outros dançam
tempo por trilhos
Conversas, cabelos
bolsas, unhas feitas
mapas, imagens velozes
bolor nos corredores
Partida e ponto final
retorno para o início
de um lado ao outro
do outro para um lado
Olhares perdidos
ninguém vê nada
momentos vazios
mergulho em si
Perto da partida
corpo atento
ao badalo da voz
se vai, trocar de trem.
segunda-feira, julho 04, 2011
ACIDENTE
Faltou o sangue
das costelas engasgadas
a cabeça do tamanho da casa
o carro na contramão
Detesto jogos
de pessoas estranhas
mentiras medonhas
pra que mesmo?
Vou cansar desta história
medíocre, alinhada, parva
sou melhor do que pensa
tenho mais vontade de ser intensa
É isso mesmo que você quer?
vou embora, vou ser mulher
o sonho me avisou
que afinal não sou o seu amor
Que enfim, quero o que não tenho
que tenho o que já talvez não queira
e tudo vai passar como fonte
e pegar as armadilhas, inteiras
Me afasto de histórias mal contadas
a minha história, eu invento, eu conto
já não quero a arrogância, de mulheres bestas
sou muito melhor, porque sou a primeira
Te dou então a última noite
a terceira dança, derradeira
aproveitar o tamanho das coisas
ser tudo em apenas um segundo
Desligo então os aparelhos
vejo, mastigo, percevejo
será, que você sabe do risco?
Fui, já não vai haver perigo
das costelas engasgadas
a cabeça do tamanho da casa
o carro na contramão
Detesto jogos
de pessoas estranhas
mentiras medonhas
pra que mesmo?
Vou cansar desta história
medíocre, alinhada, parva
sou melhor do que pensa
tenho mais vontade de ser intensa
É isso mesmo que você quer?
vou embora, vou ser mulher
o sonho me avisou
que afinal não sou o seu amor
Que enfim, quero o que não tenho
que tenho o que já talvez não queira
e tudo vai passar como fonte
e pegar as armadilhas, inteiras
Me afasto de histórias mal contadas
a minha história, eu invento, eu conto
já não quero a arrogância, de mulheres bestas
sou muito melhor, porque sou a primeira
Te dou então a última noite
a terceira dança, derradeira
aproveitar o tamanho das coisas
ser tudo em apenas um segundo
Desligo então os aparelhos
vejo, mastigo, percevejo
será, que você sabe do risco?
Fui, já não vai haver perigo
RECUPERANDO MEU CORPO
Linhas esquinas
dobras, pontas
perder-se nas retas
encontrar fundos, funduras
Roupas perdidas
nas casas amantes
arcos de memória
lancinantes
Rude, roda, rua
afetos misturados
prazer, dor
cansaço
Falta de ar
medo de não amar
de novo
mais um pouco
Se jogar nos tempos
andar no meio fio
nadar até a margem
correr pelas águas do rio
E quem sabe um dia
eu ainda pegue
uma corrente
viva a nossa história
Sonhos, que perdem-se
na vigilia dos acordados
que embrenham-se no peito
destes amantes mal cuidados
Então lentamente passa
cicatriz fica no coração
e como ocupar o corpo?
agora? ontem, já?
Não sei decifrar os códigos
das imagens das beiradas
sinto, sinto, tanto
que é quase nada!
dobras, pontas
perder-se nas retas
encontrar fundos, funduras
Roupas perdidas
nas casas amantes
arcos de memória
lancinantes
Rude, roda, rua
afetos misturados
prazer, dor
cansaço
Falta de ar
medo de não amar
de novo
mais um pouco
Se jogar nos tempos
andar no meio fio
nadar até a margem
correr pelas águas do rio
E quem sabe um dia
eu ainda pegue
uma corrente
viva a nossa história
Sonhos, que perdem-se
na vigilia dos acordados
que embrenham-se no peito
destes amantes mal cuidados
Então lentamente passa
cicatriz fica no coração
e como ocupar o corpo?
agora? ontem, já?
Não sei decifrar os códigos
das imagens das beiradas
sinto, sinto, tanto
que é quase nada!
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