quinta-feira, março 30, 2017

N A T U R E Z A

Nave
transporte de pontas
fios tecidos
em morros graves
surdos
máquinas

Átomo
temporal
gotículas claras
de um verde liso
musgo
pedra sabão

Turvo
o movimento
de um tempo
que não entende
dos pedaços
de galhos

Único
pensamento
que não brinca
na branca
bruma
das bruxas

Roda
um barulho
que circula
por entre
ventres
cansados

Espio
com a palpebra
colada
no ouvido
oco
do muro caído

Zinco
derrete
tamanhos
funda esculturas
permeáveis
por dedos grafites

Água
pureza do céu
emerge no barro
que molda tudo
de um lado
sou o furo

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