Linhas esquinas
dobras, pontas
perder-se nas retas
encontrar fundos, funduras
Roupas perdidas
nas casas amantes
arcos de memória
lancinantes
Rude, roda, rua
afetos misturados
prazer, dor
cansaço
Falta de ar
medo de não amar
de novo
mais um pouco
Se jogar nos tempos
andar no meio fio
nadar até a margem
correr pelas águas do rio
E quem sabe um dia
eu ainda pegue
uma corrente
viva a nossa história
Sonhos, que perdem-se
na vigilia dos acordados
que embrenham-se no peito
destes amantes mal cuidados
Então lentamente passa
cicatriz fica no coração
e como ocupar o corpo?
agora? ontem, já?
Não sei decifrar os códigos
das imagens das beiradas
sinto, sinto, tanto
que é quase nada!
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