sexta-feira, julho 22, 2011

METRO DAS NOVE

Trem, limite do silêncio
trêmula, a mão executa
portas se abrem
ninguém sai.

Luzes brancas; éter
várias cores, várias caras
uns de pé, outros dançam
tempo por trilhos

Conversas, cabelos
bolsas, unhas feitas
mapas, imagens velozes
bolor nos corredores

Partida e ponto final
retorno para o início
de um lado ao outro
do outro para um lado

Olhares perdidos
ninguém vê nada
momentos vazios
mergulho em si

Perto da partida
corpo atento
ao badalo da voz
se vai, trocar de trem.

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