C H A P A D A II
Aqui são todos muito bonitos,
os homens, os bichos, as plantas.
Aqui, todos vivem numa melodia sem conflitos,
os homens, os bichos, as plantas.
Aqui, todos. Aqui vivem.
Nunca foram tão simpáticos comigo,
nunca fui tão simpática com eles.
Nem com homens, nem com plantas, nem com bichos.
E como voltar pra esse lugar?
Onde não se tem horizonte
não se tem encontro,
só conflito.
E eu, aqui.
Não tenho nada, tenho tudo.
A cabeça balança no fim do dia,
mas eu não andei de barco.
Apenas subi montanhas!
C H A P A DA III
A busca
da felicidade é como apanhar
mosquitos
pela noite
Zumbem pelo ouvido,
tapas ao ar.
E quando pega!
Espirra sangue.
E passa
de volta
ao tranqüilo
sono da vida.
E a arte vem
nos espaços
dos tapas
buscar o vazio
E eu vou dormir
como se estivesse
caçando
mosquitos pela noite toda.
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